quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Convicção do Chamado, você tem?







“Depois falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência, em todo o lavor, para elaborar projetos, e trabalhar em ouro, em prata, e em cobre, e em lapidar pedras para engastar, e em entalhes de madeira, para trabalhar em todo o lavor. E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe,o filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de
todos aqueles que são hábeis, para que façam tudo o que te tenho ordenado.”


Essa passagem fala exatamente de pessoas que foram “chamadas” por Deus e escolhidas por Ele, receberam o toque do Espírito Santo e foram cheias de sabedoria, entendimento e de conhecimento para elaborar projetos. Bezalel e Aoliabe foram chamados para fazer os utensílios do tabernáculo, a arca e as vestes do sarcedote, trabalhos distintos, mas todos ligados a produção e criatividade.


Eu compreendo que constituir projetos criativos, seja ele cantar, dançar, atuar, pintar e entre outros é um “chamado” específico de Deus junto com sua poderosa “capacitação”. Muitos cristãos hoje se sentem frustrados em suas atividades dentro da igreja, porque ainda não estão seguros do seu real chamado e do motivo para o qual foi destinada sua vida em produzir algo especial para Deus. Muitas vezes somos enganados por nós mesmos naquilo que achamos ser o certo ou o cabível a fazer. Muitos estão dedicando suas vidas em agradar a homens ao invés de devolver seu talento a Deus de forma multiplicada. Saul foi rei, mas não tinha chamado para exercer o mesmo, sua liderança foi tempestuosa, injusta e muito amarga, tanto para o povo quanto para o próprio Saul que a cada momento se deparava com as promessas de Davi em assumir o trono, pois Davi havia sido chamado por Deus. (…)





Poderíamos falar e descrever todas as manifestações de arte e criatividade, porém nosso foco será compreender melhor sobre a dança. Para que isso aconteça vamos visualizar o cenário ao qual ela foi constituída:


A bíblia relata que Miriã (Êxodo 15:20) pegou seu tamborim e dançou. E atrás dela outras mulheres faziam o mesmo, foi a primeira vez que a dança é mencionada na bíblia, Miriã se alegrou no Senhor por causa do seu maravilhoso livramento. Depois são relatados momentos em que o povo de Israel se colocou na presença de Deus através da dança. Um dos maiores exemplos de adoração com danças foi o Rei Davi (I Crônicas 15 : 29), ele dançava à frente da arca enquanto a mesma entrava na cidade. A palavra nos diz que Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor.


Percorrendo a história da dança, assim como tudo que Deus criou, o diabo roubou essa manifestação de amor a Deus desviando sua essência e inserindo a dança em seitas, rituais e reuniões de invocação de espíritos. Nesse sentido já no novo testamento a igreja repugnou a dança nos cultos considerando-a como pagã e profana. Desta maneira a dança é retirada e excluída de forma muito brusca e incompreendida dos cultos a Deus. Músicos e bandas “gospel” começaram a se levantar e a dança é inserida nesse novo formato no qual é resgatada como um ato de adoração a Deus. Ainda muito rechaçada e com muito “desconfiometro” aos poucos e com cautela, sai dos shows dos cantores e é inserida em eventos especiais na igreja, mas ainda não faz parte do momento de adoração composto pelo louvor da mesma.




Esse resgate é muito doloroso, pois por muitos anos ministros chamados por Deus não tinham espaço para expressar-se através de seus corpos e através da dança, muitos talentos foram abafados, muitos foram inferiorizados naquilo que Deus já estava fazendo e falando, pois aconteceu de diversas maneiras uma grande resistência.



Assim aconteceu uma grande revolução nas igrejas e vários ministérios de dança foram se constituindo e tomando seu lugar nos períodos de adoração e louvor nos cultos das igrejas.


Inicialmente pouco se conhecia a respeito da dança executada na igreja e alguns ministérios mais desenvolvidos começaram através de seminários a abordar esse assunto e a ajudar os dançarinos a liderarem e manejarem seus grupos.


Nessa época a onda da adoração envolveu muitas pessoas, e muitos se descobriram num lindo chamado para as danças e outros aproveitaram a atividade e se incluíram nesse mover. O que de ruim aconteceu é que houve uma banalização desses movimentos, pois as pessoas tinham que se incluir no formato mesmo não compreendendo se foram chamadas e capacitadas por Deus para o desenvolvimento desse projeto.


O que resultou em pessoas não tão comprometidas com a santidade e também perdidas quanto ao seu real chamado para a dança, ou qualquer outra manifestação de arte na igreja que não fosse sua vocação.





Você adorador e artista do Senhor deve ter em seu coração a convicção de que o Senhor realmente está contigo e que esse intuito das artes dentro de voce é um chamado de Deus e consequentemente junto disso provêm à capacitação divina para a execução desse talento.


Quando essa convicção arder em seu coração voce estará pronto para desenvolver essa capacidade e unindo esse chamado em frutos genuínos a Deus. Não sei em que estágio você se encontra hoje, mas tenha a certeza em tudo que for fazer para Deus. E que dentro do seu coração esteja à convicção do seu chamado, reflita sobre isso, faça de si uma autocrítica, busque subsídios, almeje aprimorar-se e crescer dia após dia na presença de Deus!




Deus os abençoe! =)



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